domingo, 3 de abril de 2011

Fim ou começo?

Já fazem 4 meses. 4 meses e alguns poucos dias. É exatamente nesse tempo todo em que estamos juntos,  mas não estamos. Foi exatamente esse tempo todo que a gente esteve em algo que nunca existiu, de fato! Foi esse o tempo que eu tive pra analizar toda a nossa circunstância e tentar mentalizar o que seria de tudo que se passou. E na verdade, nesse exato momento, eu acabo de chegar a uma conclusão tão babaca quanto todo o tempo que eu perdi: NADA SE PASSOU!
O que começou em conversas de cigarros, whiskys e sacadas de resort, virou pura ilusão de quem quer voltar no passado. E eu me pergunto: quem estragou tudo? Aliás, o que estragou tudo? Foi a loucura que eu tinha por não ter certeza de nós? Ou foi essa própria incerteza? Foi esse teu jeito pacato e programado, esse jeito não-espontâneo, que não me deixou à vontade no quarto de hotel? Foi a falta de um jantar sentados um de frente pro outro, ou de uma ligação com um convite... Faltou o que?
Eu sou obrigada a escrever nesse texto verbos no passado, porque eu estou determinada a colocar um ponto final em tudo que nunca existiu. Viver de ilusão só é bom pra quem é um bom sonhador. E eu, realmente estou reprovada nessa categoria. Eu preciso de algo concreto. Ou um fim, ou um começo.
O difícil é deixar pra trás toda essa ilusão, todo esse papo inconsciente, toda essa lembrança, pra jogar no lixo com um NÃO e depois levar a vida na monotonia da solidão.
Eu não gosto de você. Não o suficiente pra te arrancar belas gargalhadas, pra te ligar no meio da noite, pra te chamar pra ver um filme besta na sala legal da minha casa... Não o suficiente pra te encontrar e te abraçar com um sorriso estampado no meu rosto inseguro, e te dizer: ai, que saudadeee que eu tava! Não o suficiente pra chegar pra você e falar: Me busca aqui em casa e me leva pra comer um sanduíche, ou um pedaço de bolo... Eu até tentei. Tentei ser aquela que toma as iniciativas, que dá as indiretas, mas você não entendeu o recado do jeito que eu esperava. Me levar prum quarto era o que te interessava. Na verdade, é o que te interessa, nada mais me prova o contrário. Esse ar de bom moço, não te levou a nada mais uma vez.
Eu prefiro cair fora, do que me molhar mais uma vez nessa chuva indecisa, do que ficar nesse chove e não molha. Me dá um sinal, é só isso que eu preciso... Ou um fim, ou um começo.

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