terça-feira, 1 de março de 2011

Admiração por admirar.

O universo me deu a capacidade de admirar! Eu admiro!
Me faz chorar ver o sol nascer pela manhã, enquanto eu ainda sem dormir, procuro começar o dia de forma qualquer. Eu admiro as manhãs, embora goste dela para fechar os olhos e sonhar (é mais seguro). Eu admiro muito mais a noite. Eu me entrego à noite. Gosto do que ela faz comigo, ela mexe comigo. Ela me faz querer ser além do que eu sou. Por isso, não durmo no escuro. Eu sou o morcego que vocês não são. A escuridão me acolhe. Me esconde, me deixa em paz, me liberta numa prisão mundana. E eu admiro... eu só admiro. Essa é a minha melhor parte.
Admiro dons, admiro o talento das coisas. Admiro o som de um violão, admiro o sussurro de uma canção, admiro uma batucada de carnaval. Admiro os seres tão mais capazes que os humanos, tão mais inteligentes, dotados de instintos ( e nós, com esse mísero cérebro de incertezas, de falhas). Eles não raciocinam como nós, eles não precisam. O raciocínio confunde. Mas ainda assim, admiro o ser humano, porque ele pode admirar. E não há nada melhor.
As pessoas se acostumam com o mundo. As pessoas não aproveitam as pequenas coisas, só porque elas simplesmente estão aqui, no mundo e na vida, todos os dias. Quem admira, sabe que nada é igual, NUNCA! É o poder da vida. Há surpresas. Elas sempre chegam. Admire! Perca o hábito de achar que tem hábitos. Isso não é preciso. Por mais que você pense que frequenta sempre os mesmos lugares, fala sempre com as mesmas pessoas, usa sempre as mesmas coisas... Nada é igual, esqueça! Admire as mudanças. Sem mudanças, como seria? Me irrita quem se irrita com aquilo que muda (acreditem, eu já me irritei com mudanças e depois fiquei irritada comigo mesma). Vai mudar, tudo muda.
Você muda. Você é uma constante metamorfose. Admire-se.